PRESIDENTE DA AGEPEN-PB EM ENTREVISTA À CONSTELAÇÃO FM DE GUARABIRA

O Presidente da AGEPEN-PB foi o convidado desta terça-feira (23) do Programa Jornal do Meio Dia, apresentado por Levi Ramos na Constelação FM de Guarabira.
Na oportunidade foram esclarecidos alguns dos principais pontos deliberados na Assembleia realizada, pela categoria, no último dia 22.
Marcelo Gervásio fez questão de deixar claro que a reivindicação não é um reajuste salarial e sim a implantação do PCCR da categoria, bem como da Lei Orgânica. Hoje os Agentes Penitenciários da Paraíba são os únicos do país sem um plano de carreira. Um Agente que assumi o cargo hoje tem os mesmos vencimentos que outro, que está na função há 10 anos por exemplo. E o pior, ao final da carreira, quando se aposentar, vê seu salário reduzir assustadoramente, já que perde as gratificações (hoje representa ao em torno de 60% dos vencimentos).
Muito em função disso, os valorosos Agentes de Segurança Penitenciária da Paraíba têm o PIOR SALARIO DO PAÍS.
Segundo o que foi deliberado em Assembleia, a partir do próximo dia 28, a categoria vai estabelecer um procedimento nas Unidades Prisionais de acordo com o ordenamento jurídico, que consiste na entrega dos cargos de motoristas e coordenadores de plantão. Isso porque hoje os Agentes não são habilitados para exercerem tais funções.  Vale lembrar que para dirigir uma viatura do Sistema é necessário um curso especial para veículos de emergência.  
As revistas, de familiares, bem como de alimentos, que entram nos dias de visita, serão ainda mais criteriosas, haja vista que são por onde entram a maior parte de ilícitos nas Unidades Prisionais. 
Fico decidido também que, serão entregues os plantões extras, já que se trata de uma estratégia do Governo para mascarar o déficit de Agentes Penitenciários no Estado e ainda obter uma redução considerável nos gastos, visto que um extra pago hoje corresponde à metade de um dia trabalhado. 
Por um plantão extra de 24 horas é pago algo em torno de R$170, entretanto se um Agente faltar a um dia de trabalho (mesmas 24 horas), tem descontado no contra cheque aproximadamente R$300, sem contar que, por se tratar de uma atividade por demais estressante, o aumento na jornada mensal de trabalho, tem intensificado nos Agentes Penitenciários problemas de saúde (físicos e psicológicos). 
Marcelo reforçou ainda que, apesar dos baixos salários, das unidades super lotadas, de exercerem a profissão mais estressante e a segunda mais perigosa do mundo, o material humano é que o tem possibilitado a Paraíba estar à margem de rebeliões e da grave crise Penitenciaria que tem sido visto em estados como Rio Grande do Norte, Maranhão, Goiás e Rio Grande do Sul.
O Presidente da AGEPEN-PB finalizou sua participação fazendo um apelo ao Governador do Estado, que aceite sentar com a categoria para conversar. Ou até mesmo que nomeie alguém de sua confiança para tal missão.

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