Ontem, dia 19 de setembro de 2018, alguns dos mais importantes portais da imprensa paraibana noticiaram fatos ocorridos no presídio PB1, em que, supostamente, dois agentes penitenciários estariam envolvidos na venda de celulares a presos, e, como se não fosse suficiente, ainda tiveram suas imagens ligadas ao resgate cinematográfico de reclusos, ocorrido há poucos dias.
Seria perfeito achar uma resposta para a sociedade, se eximindo da culpa e transferindo a responsabilidade pelos problemas estruturais do sistema penitenciário paraibano. O que se viu foi a precipitação e uma verdadeira corrida para dar a notícia, sem levar em conta a vida e a reputação das pessoas, de trabalhadores já maltratados pelas circunstâncias em que desempenham suas atividades, pela baixa remuneração e inexistência de ascensão funcional.
Com as dúvidas sanadas, o agente Júlio sequer foi indiciado. Na verdade, houve um grande equívoco que o ligou ao suposto crime, mas, prestados os esclarecimentos à autoridade policial, na mesma noite, o servidor pôde retornar ao seio da sua família . É preciso encontrar meios para que a boa imprensa deste país seja sempre um instrumento de propagação do que é real, útil e verdadeiro.
Infelizmente, nem o direito, muito menos a corporação, serão capazes de remediar o trauma e a grande injustiça sofrida pelo bom profissional do cárcere, carinhosamente conhecido por seus pares como Julhinho. A noite do dia 19 de setembro de 2018 foi marcada pela exposição indevida de alguém que, até o presente momento, tem pautado sua vida no trabalho e contribuído para o crescimento do sistema penitenciário da Paraíba .
